A batata é realmente um vegetal muito resistente e adaptável. Foi
domesticada pelo ser humano onde hoje é o Peru entre 8.000 e 5.000 a.C. e
se espalhou entre praticamente todos os povos da América. Com a
descoberta do Novo Mundo, os europeus levaram a batata para seus países e
a planta se adaptou incrivelmente bem, tornando-se um dos alimentos
mais importantes da Europa.
Talvez seja justamente por isso que uma equipe de cientistas esteja
tentando cultivar os tubérculos em um ambiente que simula as condições
do planeta Marte (semelhanças com o filme “Perdido em Marte”
não são mera coincidência). Caso a batata se prove realmente tão
resistente e adaptável quanto parece, podemos ter em um futuro próximo
as primeiras plantações fora da Terra.
Onde tudo começou
O experimento está acontecendo muito próximo de onde o ser humano começou a cultivar a batata – o Peru – no Centro Internacional de la Papa, que estuda e pesquisa tudo o que você puder imaginar relativo às batatas.
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A intenção dos testes é provar a resistência das batatas e alertar a
sociedade sobre o perigo causado pela devastação cada vez maior de áreas
verdes no planeta. Joel Ranck, chefe de comunicações do Centro
Internacional de la Papa, afirma: “Nada melhor para aprendermos sobre
mudanças climáticas do que cultivar um planeta que morreu há dois
bilhões de anos. Precisamos que as pessoas entendam que se pudermos
cultivar batatas nas condições extremas de Marte, podemos salvar vidas
na Terra”.
Para enfrentar a fome
O fato dessa organização estar estudando como um vegetal vai
reagir sendo cultivado em solo marciano pode parecer um pouco inútil,
mas não é. Além de ser possível ter uma ideia melhor de como pode ser
uma possível excursão
para o Planeta Vermelho e, pensando mais adiante, até nas condições de
uma colonização, os estudos nos mostram como podemos produzir alimentos
em áreas dadas como destruídas e inférteis na própria Terra, o que pode
ajudar muito no combate à fome, que chega a afetar cerca de 842 milhões
de terráqueos.