Os aldeões inicialmente não gostaram da ideia e quando tentaram remover o crânio de Brome da casa, eles foram recebidos com uma cena perturbadora: O crânio supostamente gritou e gemeu, perfurando os ouvidos dos moradores com “ruídos horríveis de tristeza e desgosto”. Anos mais tarde, quando os moradores mais uma vez tentaram cavar uma sepultura para o crânio, a pá quebrou em dois pedaços, o que eles entenderam como um sinal para deixar o crânio em paz.
Embora a história de Collinson tenha sido apresentada como uma história de terror, histórias semelhantes de crânios gritando têm sido relatadas por toda a Bretanha desde o século 16. Na verdade, a lenda diz que alguns velhos casarões ingleses são o lar de um residente peculiar: um espírito travesso que fica trancado dentro de um crânio misterioso. Embora as histórias variem de um lugar para outro, é geralmente dito que quando um crânio é removido de sua casa, ele começa a gritar, fazendo com que o mal e o infortúnio ocorram até que seja levado para seu local de descanso.
Ninguém jamais foi capaz de identificar a origem destes contos e não há nenhuma história original conhecida. Como ela é uma história do folclore local, em vez de registro histórico, suas raízes são quase impossíveis de rastrear.
Mas se as origens da lenda estão perdidas, as histórias específicas que ela inspirou ainda estão muito vivas. Talvez a mais famoso delas seja a do crânio gritando em Bettiscombe Manor. A história diz que há vários séculos, um servo idoso implorou que o proprietário da casa, Azarias Pinney, enviasse seu corpo de volta para as Índias Ocidentais após sua morte.
Pinney ignorou o último desejo do velho e o enterrou em um cemitério local. O servo morto fazia tanto barulho, e assombrou a mansão tão implacavelmente que os Pinneys tiveram que mandar seu esqueleto para as Índias para que todo o ruído cessasse abruptamente.
Hoje em dia, as lendas dos crânios que gritam parecem estar morrendo. Um 1963, um exame científico do crânio de Bettiscombe descobriu que ele pertencia a uma mulher que viveu cerca de 3000 a 4000 anos atrás, refutando o mito do servo de Azarias Pinney.